quarta-feira, 4 de julho de 2012
Tanta bobagem isso que entra por esses meus ouvidos tapados de vozes e músicas que não quero ouvir. Tantas pessoas que vejo em minha vida e que não me acrescentam em nada. Às vezes me olho no espelho e não sei mais quem sou, mas eu não consigo ceder, não consigo voltar atrás e nem tem como também. Eu me arrisquei! Nas cobranças de mim mesmo acabei mudando quem eu sempre fui pra agradar os outros.
Nasci duro, solitário e deitado e foi a minha escolha se tornar sensível, cheio de gente, de pé e rodeado de gente, mas com falta de várias, sabe falta sempre alguma... Nasci assim, cheio de vida, amando a vida e agora desafio a morte, na verdade sou a minha própria morte. Me tornei a maioria, sendo que antes eu era um algo especial, um pontinho cintilante... e sinceramente? nada é mais repugnante do que a maioria, pois ela compõe-se de uns poucos antecessores enérgicos por dentro destruídos mas que insistem e se dizerem fortes; velhacos que se acomodam na rotina; de fracos, que se assimilam, e da massa que vai atrás de rastros, sem nem de longe saber o que querem. É, me tornei bem fútil. O que eu menos gosto. Descobri isso essa manhã quando ouvi boas verdades, com uma voz calma, mais num tom de alerta.
Sabe, crescer é assustador. Era uma criança sem muitas coisas, mas tinha o principal humanidade. To vendo que to perdendo isso. O tempo é capaz de muitas coisas, entre elas mostrar a verdade. To uns quilos mais magro e uns quilos menos amoroso. To uns 30 centímetros mais alto e uns 30 cm mais invisível. Me preocupei com o que deveria ser, e esqueci com o que era realmente importante eu ser.
Chega a doer meu peito, mas fazer o que né? A gente se torna eternamente responsável por aquilo que cativa. O importante é saber que a vida segue em frente e ainda tenho tempo de reaver o meu destino ><
domingo, 17 de junho de 2012
Desabafo
Prezados Professores,
Sou sobrevivente de um campo de concentração massivo em que a mídia e o governo quer simplesmente acabar com o que há de natural e bom, deformando a realidade e alienando. Sabe, nossos olhos já viram coisas que homens no passado não viram, não por não existir, mas porque tudo acontece hoje a olhos vistos e nos tornamos pessoas passivas perante a realidade.
Me digam uma coisa! Estão certas essas pessoas que constroem bombas que podem acabar com a vida na Terra? Estão certas as crianças envenenadas por médicos diplomados? Está certa essa repressão política e social ao público GLBT, aos negros, aos pobres? Assim tenho minhas suspeitas sobre a Educação. São pessoas graduadas, doutrinadas e diplomadas lá em cima.Acho que o currículo é mais sobre teoria e menos sobre prática do bem. Parte do povo tem consciência do que está acontecendo e quer construir algo bom, mas simplesmente é ignorado pelo sistema, e a ignorância das massas é pior arma contra nós mesmos.
Tenho um único pedido: ajudem seus alunos a tornarem-se humanos. Seus esforços nunca deverão produzir monstros treinados ou psicopatas hábeis. Ler, escrever e fazer alguns cálculos talvez já seja o suficiente, se fizerem nossas crianças mais humanas. Aliás, falta filosofia, sociologia, psicologia no currículo. Essas sim são matérias que exploram o ente e o ensinam a SER HUMANO. Não é papel da escola servir de pai e mãe, família, mas é papel de todos fazer com que cada pessoa tenha uma formação digna, tanto técnica, quanto intelectual e social. O resto... bom, a gente aprende com a VIDA. Viver sob regime de escravidão educacional, absorvendo informação sem receber de fato uma educação não nos torna melhores.
sexta-feira, 6 de abril de 2012
Pequenas epifanias
Na contemporaneidade estamos passando por diversas mudanças. Um negro e uma mulher presidindo soberanas e grandes potências mundiais. Vemos a tecnologia feita para trazer prazeres e descanso ao capital humano, se tornando capaz de produzir armas mortíferas. Quando pensamos em páscoa logo pensamos em chocolate, coelhos, pacotes turísticos, venda de meia dúzias de filmes bíblicos pela tevê e até mesmo um feriado a mais em nosso calendário, e esquecemos de seu verdadeiro significado.
Acho que é necessário pensar sobre o verdadeiro sentido da páscoa, ou seja, o renascimento, mas para isso não precisamos morrer, apenas mudar nosso comportamento. Se é necessário parar de coisificar as coisas, sermos máquinas, coisas instrumentalizadas. O que mais se é necessário atualmente é repensar nossos valores, em nossas crenças, ter algo bom em que se apoiar. A maioria aqui sabe que Papai Noel não existe e Coelhinho da Páscoa ou Bicho Papão também, mas todos comemoram apenas por consumismo, como modo de agradar o outro. Contos de fadas só ficam bem nos livros infantis, a realidade é dura. Príncipes cedo ou tarde se transformam em sapos, como a gente vê nos diversos amores que vem e vão, nesse amor líquido que passa rapidamente pelo ser e desce pelo ralo rapidamente, tornando muitas pessoas com o tempo insensíveis. Pode demorar o tempo que for, mas um dia a realidade bate a nossa porta. Inevitavelmente. O mal do mundo é que Deus envelheceu e o Diabo evoluiu.
Logo nós, que nos dizemos tão inteligentes, porque não damos o valor adequado a esses dias em torno da páscoa? Por que não chamamos nossa família, nossos amigos, nossos inimigos e recomeçamos? É hora de perdoar os erros das pessoas pois todas são humanas e não são perfeitas. É hora de se dar uma nova chance de ser feliz. É momento de esquecer o passado e pensar nos próximos meses e anos. É momento de chorar e de sorrir. É momento de gritar e de ficar em silêncio. O momento é de mudança, então que nesta páscoa, mas do que religiões, busquemos incessantemente por verdadeiras auto-reedições.
Nada restará nessa vida se o nosso tempo for gasto construindo ideologias malignas. Não adianta perfeccionar o mundo, por que o ar tem cheiro de morte em qualquer lugar e todos essas atitudes e valores impensados contribuem para uma epidemia de lágrimas, fins e o pior, morte de essências em almas. Interessante seria experimentar a salvação, sendo um pouco menos consumido pela sociedade e vivendo mais nossos princípios bons, que estão dentro de nós, mas muitos não conseguem ver pelo simples fato de serem facilmente manipuladas por tudo que há de fácil obtenção e de nova geração.
quarta-feira, 4 de abril de 2012
quarta-feira, 14 de março de 2012
[R]Evolução
Eu tenho me torcido e girado num espaço tão grande, mas tão inconstante. Eu tenho vivido na linha do incomum catalogando memórias como se fossem as últimas. Eu venho soltando balões com porções de sentimentos por aí como forma de aliviar as dores e o peso nas minhas costas. Eu sigo procurando razões e tudo que encontro é discórdia numa evolução mesquinha daqueles que lutaram pra ser feliz e se tornaram inimigos de si mesmos.
Estou vendo isso se despedaçar e sentindo na pele o preço pelo descuido. Os meus pulmões não são os mesmos dos meus avós e o que vejo no cinza resplandente antes havia um verde grandioso capaz de maravilhar os olhos até mesmo do homem mais negativista.
Por favor não entenda mal. Faço parte do mundo, faço parte da vida, faço parte dos erros, faço parte disso. Vejo muita coisa acontecer e muitas vezes acabo me acomodando ao ver que não tenho forças pra lutar contra aquilo que afronta certos valores que me foram dados. É hora de desistir. O fato é que UNIDOS seríamos muito melhores, seríamos um povo sábio. Não seriamos a humanidade que está voltando a serem macacos, que está perdendo toda a razão, que está se próprio destruindo.
Eu ainda acredito num dia em que o homem ceda a natureza, e viva de forma abundante, planejando mais a vida, tomando mais cuidado com as palavras, cuidando da sua própria vida e não exigindo nada dos outros, além de seguirem seus próprios caminhos para a felicidade e aprender com os erros. Estamos cansados de finais trágicos, de histórias e pessoas sem nada de bom a oferecer.
Mais que chegou a hora de mostrar o nosso real potencial humano, o de transformar. O de transformar um mundo em decadência em um lugar melhor para se viver, para se amar.
As estrelas no céu queimam e tempestades de fogo acontecem sem que nós vejamos. Ainda temos muito o que aprender e Deus sabe que somos dignos, ele sempre nos dá novas chances. Hora de aproveitar!
Estou vendo isso se despedaçar e sentindo na pele o preço pelo descuido. Os meus pulmões não são os mesmos dos meus avós e o que vejo no cinza resplandente antes havia um verde grandioso capaz de maravilhar os olhos até mesmo do homem mais negativista.
Por favor não entenda mal. Faço parte do mundo, faço parte da vida, faço parte dos erros, faço parte disso. Vejo muita coisa acontecer e muitas vezes acabo me acomodando ao ver que não tenho forças pra lutar contra aquilo que afronta certos valores que me foram dados. É hora de desistir. O fato é que UNIDOS seríamos muito melhores, seríamos um povo sábio. Não seriamos a humanidade que está voltando a serem macacos, que está perdendo toda a razão, que está se próprio destruindo.
Eu ainda acredito num dia em que o homem ceda a natureza, e viva de forma abundante, planejando mais a vida, tomando mais cuidado com as palavras, cuidando da sua própria vida e não exigindo nada dos outros, além de seguirem seus próprios caminhos para a felicidade e aprender com os erros. Estamos cansados de finais trágicos, de histórias e pessoas sem nada de bom a oferecer.
Mais que chegou a hora de mostrar o nosso real potencial humano, o de transformar. O de transformar um mundo em decadência em um lugar melhor para se viver, para se amar.
As estrelas no céu queimam e tempestades de fogo acontecem sem que nós vejamos. Ainda temos muito o que aprender e Deus sabe que somos dignos, ele sempre nos dá novas chances. Hora de aproveitar!
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Minha História
Desde os 8 anos, eu sofri bullying na escola. Os muleques me chamavam de gordo, baleia, colchão, anão e outros apelidos horríveis então eu pensava, “Essa é a razão pela qual eu não tenho amigos.” Então eu parei de comer, comecei a mudar todos os meus hábitos cotidianos e entrei em depressão. Fiquei muito preocupado com o peso e perdi 13,5kg. Estava com 123kg ainda lá pelos 12 anos. Na verdade, eu ainda fazia uma refeição por dia… Quando eu tinha quase 14 anos, fazia apenas 5 refeições por semana, mas eu não estava mais perdendo peso porque meu corpo tinha me adaptado a isso. Eu cresci demais nessa época, mas ainda tava gordo. Então eu tentei laxantes, jejuns, nada estava dando resultados. Perdi 20 quilos em 1 ano. Eu decidi que talvez eu devesse começar a vomitar. No meu pior momento, eu estava fazendo isso cinco vezes por dia. Eu vomitei tanto que era só sangue no banheiro e meus pais não viam nada, pois eles já não moravam comigo. Legal, eu cresci. Eu ainda tenho alguns problemas por causa de tudo isso, gastrite por exemplo. Tenho hoje 1.90m, 79 quilos e embora as pessoas achem que não, eu ainda quero emagrecer. Sabe eu me destruí por inteiro por um único motivo: ser aceito.
Roleta Russa
Sei que vão dizer que não adianta olhar lá pra trás, por que acabou de passar os 16, todo aquele teatro não impressiona... mas olha só eu fiz tudo aquilo que me pediam para eu ficar magro, eu cortei meu cabelo e mudei meu corte, bronzeei minha pele e a deixei sem imperfeições. Eu me tornei feliz pra não mostrar que sou fraco. Eu fiz amigos que não queria ter, e criei inimigos que eu quero bem. Eu tentei de tudo, para faze-los me ver, mas tudo que eles veem, é alguem que nao sou eu. Algo que é resultado de constantes mudanças para se tornar "social", ou quem sabe o perfeito modelo de uma pessoa normal, que vive em uma sociedade que está regredindo pouco a pouco a uma constante guerra de ideais, carregada de preconceitos ao que é "diferente".
Por maior que seja a minha displicência, não posso lamentar, pois o caminho mais fácil nem sempre é melhor do que a dor. De alguma forma isso me fez amadurecer, me tornou um pouco mais "vivido", porém ainda me sinto preso, suspenso num anticlímax.
Assinar:
Postagens (Atom)