Dezenas de meses me fizeram mais velho desde a última vez que realmente sorri para o firmamento. Estou preso nessa tempestade em meio ao nada, procurando tudo que possa me indicar o caminho rumo a felicidade.
São pessoas, são sentimentos, são luzes, são objetos sem vida alguma, que me machucam. Sou eu mesmo que me induzo a dor uniforme e constante nesse oceano que se forma com todas as lágrimas que caem diante de meus olhos durante a noite.
Porquê é assim? não sei. Eu não morri inteiramente, mas sinto que estou apenas prolongando a vida. A distância corrói meu coração, e o frio toma conta do meu ser. Tudo que amo, não pode ser meu. Me sinto só, procuro apenas respostas...
Tenho inveja dessa felicidade de todos esses colegas ao meu redor. Não se importam com tudo, não se importam com nada, apenas se importam em ser feliz. Talvez a resposta para tudo, esteja em não se doar, mas dói saber que embora os anos passem, aqueles a quem você pode contar se vão para longe, outros nunca voltarão, e mesmo com Deus e todas as suas cartas faladas a ele, muitas vezes ele não as responde, e o mundo fica calado nessa tempestade.
Sorrio chorando. Sim. A verdade dói, por isso as vezes prefiro escondê-la.
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