domingo, 24 de julho de 2011

Divina Comédia

      O som ecoa no silêncio dessa tarde chuvosa. Lá fora vejo pessoas chorando não pelo frio ou pela chuva, mas pela dor da ignorância e de terem vividos alíbis inventados para fazer corações não se quebrarem, mas que quando desmascarados partem a alma em milhões de pedaços. Queimando nos céus está a essência daqueles que insistem em se tornar os principais dessa grande peça teatral, a "Divina Comédia", a quem comumente chamamos de vida, por não termos palavra melhor para defini-la.
       De dentro do meu peito soam gritos que nunca são ouvidos. Ciência e fé são lados opostos da moeda, quando na verdade a fé é que a move a ciência na expectativa de se encontrar razões para seguirmos em frente e construirmos cada vez mais o conhecimento indubitável.
      O espelho embaça com a respiração ofegante e quente dessas pessoas que estão nesse lugar cheio de sombras de pessoas de todas as formas e cores, vivas fisicamente e mortas em sua essência, e tudo que ouvimos é: "Não se preocupe, pois isso logo passa."

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