domingo, 28 de agosto de 2011

Pescador de Ilusões

    Descartável é o que sou. Pessoas me usam como um brinquedinho qualquer para conseguirem o que almejam. Certamente não vêem que essa dor que se configura inerte toma conta de mim.
    A alma sangra e o corpo fica sem sua essência. A mente imóvel, tenta fazer com que eu seja forte a todo e cada amanhecer que se passa, quando na verdade a força que em mim habita sofre transgressão do tempo, das pessoas, dos amores, e das verdades do mundo.
    Esse silêncio, a solidão, a injustiça, a falsidade. Essas lágrimas salgadas que escorrem por entre meu rosto, não são diferentes ou inexistentes na vida de alguém que sofre, trancado numa gaiola psicológica, destruindo seu futuro, e ficando calmo por calmantes e anti depressivos que nem fazem mais efeito.
    Quase sem querer, é o que me tornei. Tão pacificamente amigável e destrutivamente impensável. Um garoto com um sorriso cru e uma vida cheia de histórias inconcretas, impensadas, e que não devem ser repetidas por aqueles que cultuam um futuro bom.

Solitário Sonhador

      Na verdade eu sou o fantasma de um cara que eu sempre quis ser. O invólucro intenso e inconcreto que compõe uma sinfonia sem compasso. São só 4 da manhã, lágrimas escorrem esse meu rosto sem expressão, e ainda não dormi por que os meus olhos não conseguem se fechar, tamanha a exposição ao surreal que se fez apresenta a mim,  nesses dias que afora passados. Não sei mais o que é real, e o que é um sonho. A vida é um ato ou um retrato?
     Alguém me canta uma linda canção de ninar? Na frente da janela do meu quarto algumas pessoas estão comemorando a vida tranquila de uma cidade pequena e sem muita agitação, mas que a eles faz-se o paraíso do qual eu jamais estarei.
     Eu só queria nesse exato momento, alguém para eu poder abraçar até adormecer, e no final do dia poder olhar nos meus olhos e poder me livrar de mais uma noite sem amor.

sábado, 20 de agosto de 2011

Tudo Que Nós Sempre Precisamos

      Quando eu era pequeno eu via meus pais brigando e dizendo que amor era uma ilusão, e constantemente sob os meus olhos via o meu pai irritado e a minha mãe chorando, desejando que um sentimento bom, habitasse aquela casa. E eu crescia com quase a certeza de que o amor era mal.
      Anos se passam, as pessoas mudam, as concepções mudam, menos o amor. As brigas não cessavam e agora tinha 13 anos, estava começando a abrir as portas para que a adolescência chegasse e tomasse conta de mim. Havia uma garota meiga em minha classe, a qual eu estava perdidamente louco para tê-la. Lábios rosados, olhos claros, cabelos castanhos e com uma voz doce. Ela era o meu sonho, mas ela gostava de outro alguém. Eu lutei por ela, mas não funcionou. As coisas quando tem que acontecer acontecem de uma forma ou outra. Eis a minha conclusão, que no amor e na guerra é necessário sempre lutar, para talvez não ter perco a chance de ser feliz. Muitos tentam pensar o amor como uma ciência exata, quando na verdade é  algo que vai além de nós mesmos.
      O tempo passava, novos amores, novas decepções, até que numa tarde de verão qualquer de 2011, eu já com 15 anos, conhecia alguém que tinha os mesmos gostos que eu, que amava a minha voz, que era tão maravilhosamente perfeita para mim, que tudo era nada sem essa pessoa. O coração começou a bater mais forte, e eu decidi pedi-la em namoro, e ela aceitou. Foram os melhores 3 meses da minha vida. Não foi por que acabou que não tenho boas lembranças. Eu amadureci e muito desde ai. Só terminamos, por que ela gostava do meu melhor amigo.
       Isso me machucou? Doeu? Claro! Um coração quebrado que ainda bate, isso é o que era, ou talvez eu sou. A vida passa, até uva passa né? E toda a lição que eu tirei de algumas dessas coisas que vivi é que a ironia do amor não é você se pertencer, mas se doar. 
      O coração tem razões que a própria razão desconhece e na arte do amor, viver o impossível catalogando cada acerto, soma pontos para adquirirmos algum dia, por entre as esquinas e as pessoas que passam na nossa vida a felicidade completa.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

As pessoas não devem se preocupar em serem iguais a ninguém, por que a ideia é que sejam realmente diferentes.

sábado, 13 de agosto de 2011

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Perdendo as roupas pela multidão e perdendo o caráter pelo dinheiro. Frenéticos ao extremo e colocando drogas em nossas veias para ficarmos acordados até o amanhecer. Se alguém nos apontar o dedo, talvez tenhamos que entorta-lo. Tijolo por tijolo estamos construindo nosso mundinho em que somos canibais. Tomamos a sua diversão e depois comemos as pessoas, de modo peculiar. Doces crimes e álcool para enfeitar a noite nebulosa. Catastrófica? Sistemática? Assassina? Adolescência reconhecida por muitos, temida por poucos.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Lembrando Domingo

    Se possível eu quero te ver bem essa noite. Sei que alguns dias se passaram desde que nossos olhares se cruzaram naquela selva de prédios que se perde em meio ao universo. Sei que foi rápido o nosso beijo e que o nosso coração apenas pulsou de maneira mágica e que quando eu vi você partindo rumo ao teu lar, eu me senti caindo, como se estivesse perdendo o meu maior tesouro.
    Se você pudesse estar aqui agora, eu dividiria meu mundo com você, poderia te levar nos nossos sonhos as estrelas e além, se possível te dar todo o universo dentro de mim. Meu coração seria teu.
    Hey minha doçura. Você mesma. Siga em frente, talvez em algum lugar, nessas esquinas ou por entre espelhos que nos refletem, um dia tu consiga ver na sombra do teu passado alguém que só se sente completo quando está ao teu lado.
    Quando você olhar no horizonte e se quiser me encontrar, é só olhar ao teu redor, e estarei tão próximo ao lugar que tu ti encontras, pronto a nunca mais te deixar ir e a te amar, de preferência por um tempo chamado sempre.

domingo, 7 de agosto de 2011

Killer


      Que merda que está acontecendo nesse lugar? Tudo se resume a "Nossa mano, peguei cinco ontem" "A é? E a tua dignidade, pegou também? Ou deixou por lá?" e todo mundo continua escrevendo sua história e pulando linhas, errando palavras e brutalmente esquecendo os títulos?
      Mentir, ter quantidade, mania de sorrir e as pessoas acharem que sou de ferro e ter pessoas fingindo que gostam de mim. Já é normal as pessoas irem embora, bem normal mesmo. Isso está se tornando um costume.
     Estou cansado mesmo, e não me importo o quanto me criticam por dizer tudo isso. A essas pessoas que me dizem que eu vou para o inferno e elas vão para o céu, de certa forma deixam-me feliz de não estarmos indo para o mesmo lugar.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Através do Sol

     Estou sentindo o meu coração bater mais forte e em mim o sangue corre na velocidade da luz como todos aqueles planetas que eu observo nessa noite.  Olho para cima e para noite e estou numa árvore em meio do nada, mas perto do céu e lá embaixo, além do que consigo ver está as luzes da cidade.
     Estou orgulhoso por algumas coisas que inventei como amor por alguém, e até mesmo a capacidade de escrever algo como isso. Os Melros estão voando rumo ao sul e descobri que a felicidade não está há 2000 quilômetros de mim, mas está em mim e na minha capacidade de enfrentar os obstáculos e ser feliz.
     O mundo lá fora é lindo sim, só falta novos motivos para o recolorir com as cores cintilantes da felicidade e trazer novamente a paz perdida em todos esses anos em que as pessoas ficaram em pânico e que a sirene tocando se tornava uma sinfonia, da mais triste canção já inventada, aquela que canta o começo da destruição. 
     Prefiro que tudo seja uma vírgula, nunca mais um ponto final premeditado pelos senhores do tempo e da guerra, capazes de trazer uma vida linda em sua maturidade ao declínio de anos afinco de pura insolação.