sábado, 20 de agosto de 2011

Tudo Que Nós Sempre Precisamos

      Quando eu era pequeno eu via meus pais brigando e dizendo que amor era uma ilusão, e constantemente sob os meus olhos via o meu pai irritado e a minha mãe chorando, desejando que um sentimento bom, habitasse aquela casa. E eu crescia com quase a certeza de que o amor era mal.
      Anos se passam, as pessoas mudam, as concepções mudam, menos o amor. As brigas não cessavam e agora tinha 13 anos, estava começando a abrir as portas para que a adolescência chegasse e tomasse conta de mim. Havia uma garota meiga em minha classe, a qual eu estava perdidamente louco para tê-la. Lábios rosados, olhos claros, cabelos castanhos e com uma voz doce. Ela era o meu sonho, mas ela gostava de outro alguém. Eu lutei por ela, mas não funcionou. As coisas quando tem que acontecer acontecem de uma forma ou outra. Eis a minha conclusão, que no amor e na guerra é necessário sempre lutar, para talvez não ter perco a chance de ser feliz. Muitos tentam pensar o amor como uma ciência exata, quando na verdade é  algo que vai além de nós mesmos.
      O tempo passava, novos amores, novas decepções, até que numa tarde de verão qualquer de 2011, eu já com 15 anos, conhecia alguém que tinha os mesmos gostos que eu, que amava a minha voz, que era tão maravilhosamente perfeita para mim, que tudo era nada sem essa pessoa. O coração começou a bater mais forte, e eu decidi pedi-la em namoro, e ela aceitou. Foram os melhores 3 meses da minha vida. Não foi por que acabou que não tenho boas lembranças. Eu amadureci e muito desde ai. Só terminamos, por que ela gostava do meu melhor amigo.
       Isso me machucou? Doeu? Claro! Um coração quebrado que ainda bate, isso é o que era, ou talvez eu sou. A vida passa, até uva passa né? E toda a lição que eu tirei de algumas dessas coisas que vivi é que a ironia do amor não é você se pertencer, mas se doar. 
      O coração tem razões que a própria razão desconhece e na arte do amor, viver o impossível catalogando cada acerto, soma pontos para adquirirmos algum dia, por entre as esquinas e as pessoas que passam na nossa vida a felicidade completa.

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