quarta-feira, 4 de julho de 2012



Tanta bobagem isso que entra por esses meus ouvidos tapados de vozes e músicas que não quero ouvir. Tantas pessoas que vejo em minha vida e que não me acrescentam em nada. Às vezes me olho no espelho e não sei mais quem sou, mas eu não consigo ceder, não consigo voltar atrás e nem tem como também. Eu me arrisquei! Nas cobranças de mim mesmo acabei mudando quem eu sempre fui pra agradar os outros.

Nasci duro, solitário e deitado e foi a minha escolha se tornar sensível, cheio de gente, de pé e rodeado de gente, mas com falta de várias, sabe falta sempre alguma... Nasci assim, cheio de vida, amando a vida e agora desafio a morte, na verdade sou a minha própria morte. Me tornei a maioria, sendo que antes eu era um algo especial, um pontinho cintilante... e sinceramente? nada é mais repugnante do que a maioria, pois ela compõe-se de uns poucos antecessores enérgicos por dentro destruídos mas que insistem e se dizerem fortes; velhacos que se acomodam na rotina; de fracos, que se assimilam, e da massa que vai atrás de rastros, sem nem de longe saber o que querem. É, me tornei bem fútil. O que eu menos gosto. Descobri isso essa manhã quando ouvi boas verdades, com uma voz calma, mais num tom de alerta.

Sabe, crescer é assustador. Era uma criança sem muitas coisas, mas tinha o principal humanidade. To vendo que to perdendo isso. O tempo é capaz de muitas coisas, entre elas mostrar a verdade. To uns quilos mais magro e uns quilos menos amoroso. To uns 30 centímetros mais alto e uns 30 cm mais invisível. Me preocupei com o que deveria ser, e esqueci com o que era realmente importante eu ser.

Chega a doer meu peito, mas fazer o que né? A gente se torna eternamente responsável por aquilo que cativa. O importante é saber que a vida segue em frente e ainda tenho tempo de reaver o meu destino ><


domingo, 17 de junho de 2012

Desabafo

Prezados Professores,



    Sou sobrevivente de um campo de concentração massivo em que a mídia e o governo quer simplesmente acabar com o que há de natural e bom, deformando a realidade e alienando. Sabe, nossos olhos já viram coisas que homens no passado não viram, não por não existir, mas porque tudo acontece hoje a olhos vistos e nos tornamos pessoas passivas perante a realidade.

    Me digam uma coisa! Estão certas essas pessoas que constroem bombas que podem acabar com a vida na Terra? Estão certas as crianças envenenadas por médicos diplomados? Está certa essa repressão política e social ao público GLBT, aos negros, aos pobres? Assim tenho minhas suspeitas sobre a Educação. São pessoas graduadas, doutrinadas e diplomadas lá em cima.Acho que o currículo é mais sobre teoria e menos sobre prática do bem. Parte do povo tem consciência do que está acontecendo e quer construir algo bom, mas simplesmente é ignorado pelo sistema, e a ignorância das massas é pior arma contra nós mesmos.
    Tenho um único pedido: ajudem seus alunos a tornarem-se humanos. Seus esforços nunca deverão produzir monstros treinados ou psicopatas hábeis. Ler, escrever e fazer alguns cálculos talvez já seja o suficiente, se fizerem nossas crianças mais humanas. Aliás, falta filosofia, sociologia, psicologia no currículo. Essas sim são matérias que exploram o ente e o ensinam a SER HUMANO. Não é papel da escola servir de pai e mãe, família, mas é papel de todos fazer com que cada pessoa tenha uma formação digna, tanto técnica, quanto intelectual e social. O resto... bom, a gente aprende com a VIDA. Viver sob regime de escravidão educacional, absorvendo informação sem receber de fato uma educação não nos torna melhores.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Pequenas epifanias

    Na contemporaneidade estamos passando por diversas mudanças. Um negro e uma mulher presidindo soberanas e grandes potências mundiais. Vemos a tecnologia feita para trazer prazeres e descanso ao capital humano, se tornando capaz de produzir armas mortíferas. Quando pensamos em páscoa logo pensamos em chocolate, coelhos, pacotes turísticos, venda de meia dúzias de filmes bíblicos pela tevê e até mesmo um feriado a mais em nosso calendário, e esquecemos de seu verdadeiro significado.
    Acho que é necessário pensar sobre o verdadeiro sentido da páscoa, ou seja, o renascimento, mas para isso não precisamos morrer, apenas mudar nosso comportamento. Se é necessário parar de coisificar as coisas, sermos máquinas, coisas instrumentalizadas. O que mais se é necessário atualmente é repensar nossos valores, em nossas crenças, ter algo bom em que se apoiar. A maioria aqui sabe que Papai Noel não existe e Coelhinho da Páscoa ou Bicho Papão também, mas todos comemoram apenas por consumismo, como modo de agradar o outro. Contos de fadas só ficam bem nos livros infantis, a realidade é dura. Príncipes cedo ou tarde se transformam em sapos, como a gente vê nos diversos amores que vem e vão, nesse amor líquido que passa rapidamente pelo ser e desce pelo ralo rapidamente, tornando muitas pessoas com o tempo insensíveis. Pode demorar o tempo que for, mas um dia a realidade bate a nossa porta. Inevitavelmente. O mal do mundo é que Deus envelheceu e o Diabo evoluiu. 
     Logo nós, que nos dizemos tão inteligentes, porque não damos o valor adequado a esses dias em torno da páscoa? Por que não chamamos nossa família, nossos amigos, nossos inimigos e recomeçamos? É hora de perdoar os erros das pessoas pois todas são humanas e não são perfeitas. É hora de se dar uma nova chance de ser feliz. É momento de esquecer o passado e pensar nos próximos meses e anos. É momento de chorar e de sorrir. É momento de gritar e de ficar em silêncio. O momento é de mudança, então que nesta páscoa, mas do que religiões, busquemos incessantemente por verdadeiras auto-reedições.
     Nada restará nessa vida se o nosso tempo for gasto construindo ideologias malignas. Não adianta perfeccionar o mundo, por que o ar tem cheiro de morte em qualquer lugar e todos essas atitudes e valores impensados contribuem para uma epidemia de lágrimas, fins e o pior, morte de essências em almas. Interessante seria experimentar a salvação, sendo um pouco menos consumido pela sociedade e vivendo mais nossos princípios bons, que estão dentro de nós, mas muitos não conseguem ver pelo simples fato de serem facilmente manipuladas por tudo que há de fácil obtenção e de nova geração.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

VOLTEI COM O LAYOUT. VOLTEI COM O ENDEREÇO ANTERIOR. VOLTEI COM O NOME DO BLOG. Não consegui me adaptar com o outro.

quarta-feira, 14 de março de 2012

[R]Evolução

    Eu tenho me torcido e girado num espaço tão grande, mas tão inconstante. Eu tenho vivido na linha do incomum catalogando memórias como se fossem as últimas. Eu venho soltando balões com porções de sentimentos por aí como forma de aliviar as dores e o peso nas minhas costas. Eu sigo procurando razões e tudo que encontro é discórdia numa evolução mesquinha daqueles que lutaram pra ser feliz e se tornaram inimigos de si mesmos.
    Estou vendo isso se despedaçar e sentindo na pele o preço pelo descuido. Os meus pulmões não são os mesmos dos meus avós e o que vejo no cinza resplandente antes havia um verde grandioso capaz de maravilhar os olhos até mesmo do homem mais negativista.
    Por favor não entenda mal. Faço parte do mundo, faço parte da vida, faço parte dos erros, faço parte disso. Vejo muita coisa acontecer e muitas vezes acabo me acomodando ao ver que não tenho forças pra lutar contra aquilo que afronta certos valores que me foram dados. É hora de desistir. O fato é que UNIDOS seríamos muito melhores, seríamos um povo sábio. Não seriamos a humanidade que está voltando a serem macacos, que está perdendo toda a razão, que está se próprio destruindo. 
    Eu ainda acredito num dia em que o homem ceda a natureza, e viva de forma abundante, planejando mais a vida, tomando mais cuidado com as palavras, cuidando da sua própria vida e não exigindo nada dos outros, além de seguirem seus próprios caminhos para a felicidade e aprender com os erros. Estamos cansados de finais trágicos, de histórias e pessoas sem nada de bom a oferecer. 
     Mais que chegou a hora de mostrar o nosso real potencial humano, o de transformar. O de transformar um mundo em decadência em um lugar melhor para se viver, para se amar. 
    As estrelas no céu queimam e tempestades de fogo acontecem sem que nós vejamos. Ainda temos muito o que aprender e Deus sabe que somos dignos, ele sempre nos dá novas chances. Hora de aproveitar!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Minha História

      Desde os 8 anos, eu sofri bullying na escola. Os muleques me chamavam de gordo, baleia, colchão, anão e outros apelidos horríveis então eu pensava, “Essa é a razão pela qual eu não tenho amigos.” Então eu parei de comer, comecei a mudar todos os meus hábitos cotidianos e entrei em depressão. Fiquei muito preocupado com o peso e perdi 13,5kg. Estava com 123kg ainda lá pelos 12 anos. Na verdade, eu ainda fazia uma refeição por dia… Quando eu tinha quase 14 anos, fazia apenas 5 refeições por semana, mas eu não estava mais perdendo peso porque meu corpo tinha me adaptado a isso. Eu cresci demais nessa época, mas ainda tava gordo. Então eu tentei laxantes, jejuns, nada estava dando resultados. Perdi 20 quilos em 1 ano. Eu decidi que talvez eu devesse começar a vomitar. No meu pior momento, eu estava fazendo isso cinco vezes por dia. Eu vomitei tanto que era só sangue no banheiro e meus pais não viam nada, pois eles já não moravam comigo. Legal, eu cresci. Eu ainda tenho alguns problemas por causa de tudo isso, gastrite por exemplo. Tenho hoje 1.90m, 79 quilos e embora as pessoas achem que não, eu ainda quero emagrecer. Sabe eu me destruí por inteiro por um único motivo: ser aceito.

Roleta Russa


  Sei que vão dizer que não adianta olhar lá pra trás, por que acabou de passar os 16, todo aquele teatro não impressiona... mas olha só eu fiz tudo aquilo que me pediam para eu ficar magro, eu cortei meu cabelo e mudei meu corte, bronzeei minha pele e a deixei sem imperfeições. Eu me tornei feliz pra não mostrar que sou fraco. Eu fiz amigos que não queria ter, e criei inimigos que eu quero bem. Eu tentei de tudo, para faze-los me ver, mas tudo que eles veem, é alguem que nao sou eu. Algo que é resultado de constantes mudanças para se tornar "social", ou quem sabe o perfeito modelo de uma pessoa normal, que vive em uma sociedade que está regredindo pouco a pouco a uma constante guerra de ideais, carregada de preconceitos ao que é "diferente".
   Por maior que seja a minha displicência, não posso lamentar, pois o caminho mais fácil nem sempre é melhor do que a dor. De alguma forma isso me fez amadurecer, me tornou um pouco mais "vivido", porém ainda me sinto preso, suspenso num anticlímax.

Espaço para a Felicidade

    Ás vezes me sinto preso a um dogma extra-carnal ou quem sabe a uma luta espiritual em que o prêmio sou eu, por inteiro, pleno de saúde. É como se existissem personalidades na minha mente tumultuando os desejos, as lembranças e criando vazios espaços para serem preenchidos com felicidade ou dor.
    Na minha alma toca uma melodia composta por erros, acertos e o silêncio que grita em mim, esse mesmo silêncio que faz eu ouvir as melhores respostas que a vida me oferece. Minha boca se mexe e nada sai dela além do ar que respiro. Minhas pernas trêmulas trepidam e dançam em compasso com as minhas mãos que estão apontadas ao horizonte, com o sol lá no fundo com seus raios me queimando. Meu corpo está suando, não por calor, mas por adrenalina que correu em mim diante de todo esse caminho desconhecido que decidi seguir na busca por um lugar que atenda a minha vontade de viver. 
 
     É isso que estou fazendo ultimamente, dando uma folga pra rotina e conhecendo melhor o que está além do entendido, das regras impostas, e de tudo aquilo que foi criado por uma sociedade banal.
     Já havia passado a hora de deixar o passado pra trás. Não vou deixar o mundo me estragar, me tornar um escravo de preconceitos. Não vou deixar a tristeza alheia cortar a minha alegria pra viver. Não vou mais deixar o rancor me impedir de amar algo ou alguém por pura criancice. Não vou mais deixar a hipocrisia dos outros esfaquear minha doçura e me tornar um fruto amargo. Vou dar um jeito de deixar claro pro mundo que, apesar de todos discordarem, sempre é possível ser feliz. A minha meta aqui é ser feliz, não perfeito.




segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Divina Comédia

      O amor já encontrei e o resto eu não sei... eu deixo me encontrar. Perdi tantas coisas quando me pus a crescer. Quero viver numa fotografia e não envelhecer. Essa vida tá acelerada, quero parar o tempo. Onde eu peço pra descer? Os velhos amigos virando novos desconhecidos. Papai e mamãe se tornando pó ou apenas rabiscos num passado que eu queria reviver. As velhas músicas soam no silêncio da minha alma, e todos os meus medos   sobressaem sobre essa pele já gasta de todas as cicatrizes que alguns obstáculos me fizeram ter. A felicidade em si eu encontrei em vários momentos, as lágrimas já caíram e secaram, e todos os sonhos estão na minha memória. Memória essa que tem as lembranças, saudade do que eu vivi, saudade das coisas que podia ter vivido. Sabe, as vezes temos tudo e não temos nada. As melhores coisas do mundo não foram feitas pra serem vistas, mas sentidas. A gente se cansa de tentar ser alguém melhor, pra ser a gente mesmo. No final o que realmente importa é o que construímos ao longo do caminho. Beleza acaba, amor acaba, atitudes ficam. Só precisamos de um lugar pra botar a cabeça, descansar, pensar em paz, e um pouco de coragem pra seguir o caminho, pois o destino é imprevisível e muitas vezes vai nos pregar peças que embora sejam ruins, fazem no produto do meio uma consequência positiva. Paremos de chorar pelas coisas que não vivemos ou não possuímos. A felicidade não está em ter, mas em ser alguém que possa partilhar de todas as coisas boas que o mundo pode oferecer, e isso inclui o amor ao próximo, não só no namoro, mas sendo verdadeiro na amizade, no convívio social, no modo de viver a vida.

Avessos

      Pirulitos se tornam cigarros. Inocentes viram vadias. Dever de casa vai pro lixo. Celulares conectados no twitter durante a aula. Detenção se transforma em suspensão. Refrigerante se torna vodka. Bicicletas viram carros. Beijos viram sexo. Vocês se lembram de quando usar proteção era botar um capacete? De quando a pior coisa que você poderia levar de garotos eram cosquinhas? De quando os ombros do pai eram o lugar mais alto e inatingível e mamãe era nossa heroína? Aliás, lembram-se de quando heroína era o feminino de herói? De quando seu pior inimigo era seu irmão? De quando war era só um jogo de cartas? De quando a única droga que você conhecia era remédio pra tosse? De quando remédio pra tosse era realmente usado pra curar tosse? De quando usar uma saia não te transformava numa vadia? A maior dor que você sentia era quando ralava os joelhos e os "adeus" duravam até só o amanhecer de outro dia. E nós não podiamos esperar por crescer?

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Dançando

     Embora a gente se esqueça a vida é mágica. Dentro dessa noite tudo vai girar aqui, ali depois de lá... Vou ali na rua encontrar a minha colega solidão e dar um abraço apertado no tédio, depois tomar um remédio pra essa dor no coração. Eu não sei bem o que eu quero da vida, mas eu bem sei o que ela quer de mim. 
     Sabe lá no fundo deve haver beleza no mundo, e eu só queria enxergar. Perdi toda a humanidade, e toda a facilidade de imaginar o dia sorrindo ou manhã de domingo doce como toda a infância. 
     Em toda essa vida me tornei mais frio, pratiquei o desapego e estou sumindo aos poucos dos holofotes sociais. Estou me entregando a um imediatismo cego, vivendo momentos que não vivi, preferindo o agora, respirando ares de juventude, dançando ao lado do fel, disfarçando a dor com um sorrisinho leve, vivendo uma vida morna.
      Logo o mundo acaba, os meus sonhos não. Logo as pessoas vão-se embora, mas quem é verdadeiro fica. Posso parecer louco, mas o meu estado de lucidez é sábio. Não vou me importar com nada mais, pois vou deixar a vida me levar. No final que eu não perca nunca o equilíbrio, mesmo sabendo que tantas forças querem que eu caia.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Sem Você

   Ei, meu amor.. O que estás fazendo agora? Estás cuidando de ti como eu cuidaria se pudesse? Meu amor, é tão difícil isso.. Sabe, esse lance aí.. Amar e não ver. Amar e não poder estar perto para cuidar. É curioso pensar que em meio a 7 bilhões de pessoas no mundo, meu coração escolheu você. Justo você, a quilômetros de distância de mim. É complicado. Esse tal do amor bagunça com a gente, não é mesmo? Bagunça, nos vira do avesso.. Para, depois, - por mais curioso que pareça - descobrimos que ao avesso tudo faz sentido. Meu amor, não me importa que o mundo seja contra.. A vida é minha - mas o coração, é seu. O sorriso é meu - mas o motivo, é você. Sempre foi, desde o início. E, na realidade, eu não me lembro mais qual foi nosso começo. Sei que não iniciamos pelo começo. Já era amor antes de ser.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Subentendido

   Aprendi com o sol que o que brilha também queima. Viver do ócio as vezes é preciso para que no suspiro de cada batida do coração possamos encontrar alguma claridade ou motivo para ficarmos bem. As pessoas são inconstantes em nossa vida. A gente não deve gostar de pessoas lindas, perfeitas, populares. Talvez se encontrarmos pessoas simples, humildes e com caráter para se encaixar e fazer parte do cotidiano poderemos ser felizes. A felicidade não é ter, mas ser. Se tornar alguém que se pode confiar quando alguém estiver naqueles momentos em que seguramos as lágrimas ou que estamos a um ponto de desmoronar. Ser alguém que dá um abraço forte quando precisamos ou que entende que quando dizemos Adeus, queremos na verdade um "fica".

Aluga-se Felicidade, Eternos “Precisos”

     Somos a acumulação das lágrimas que derramávamos no quarto, à noite, quando todos iam dormir em paz, e ali, debaixo dos cobertores, que mais esfriavam-nos a alma do que alentava, gritávamos amordaçados pela força que tínhamos nos pulsos. Somos a acumulação dos abraços não concretizados, aqueles que foram presságio e fim, na mesma linha tênue e foram jogados em nossa face como se fossem esmolas e o pior: suplicávamos por eles como quem suplica por calor em plena Antártida. Somos a acumulação de dores que acabaram sendo infindas dentro de nós e que nem mesmo os sorrisos disfarçavam o ócio, a ruptura, o degelo que havia em nós; acumularam-se apenas a brandura que é chorar com os olhos brilhando porque olhamos o céu. Somos o alcance, o inexistente, o intenso, o vago. Fomos deixados de lado por aqueles que dormiam e morriam em paz.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Doce Janeiro

    Para todos os efeitos de documentos ou estatísticas eu continuo vivendo. Mesmo que de forma calamitante tantas vezes sigo uma jornada inteira no borrão das estrelas, encontrando a mim mesmo nas minhas constantes reflexões. Sou quem sabe um pássaro, boca americana, asas de sonhador, mente de louco, coração de anjo... Incapaz de voar além do infinito e longínquo horizonte. Talvez seja a criação. A razão fala quão alto a sentimentos, devido a experiências com diversas ilusões de um coração burro e de um homem começando a provar do mel, do fel, e de tudo aquilo que a vida começa a te ensinar a partir de um certo momento da tua vida: Quando você se apaixona.   
    Coloco aqui. Não quero dar ênfase de que se apaixonar por alguém seja algo ruim, o fato em si não é. O ruim é o final, a tardia ilusão de sentimentos, se doar demais, amar demais, amar por dois e se sentir sozinho com um coração quebrado, mas vamos falar da parte boa. Um coração quebrado ainda bate, o fim possibilita um novo recomeço, usufruímos o direito de estarmos apaixonados, e o melhor crescemos com tudo aquilo. 
    Somos pedras a serem lapidadas com todas as vivências. Somos o que nós nos postamos a ser. Somos 3 gerações inteiras vivendo parte do amor divino, terrestrial, ilusional, astral... Somos humanos com muitas imperfeições, mas com a possibilidade de acertar, por que todo dia a vida nos dá uma nova possibilidade de acertar e de ser feliz.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Sofisticação Pessoal

       Estou me sentindo um pouco fora de rumo ultimamente, mas nesse intervalo de tempo pude acompanhar tantas experiências novas, conhecer tantas pessoas, viver tanta coisa e descobrir que a felicidade não tem a ver com a comprovação das pessoas. É como se estivesse fora de órbita, porém com a mente em terra firme. É interessante o fato. 
      Ultimamente venho pensando em viver em meio a terra e o ar, talvez dentro de um mundo sem preconceitos, sem obstáculos, acreditando em mim mesmo e seguindo em frente de cabeça erguida. A vida não é quantas vezes você respira, mas quantas vezes te tiram o fôlego, não é mesmo? É interessante ressaltar que sou momentâneo. Um dia to feliz, outro triste, um dia fofo, um dia safado... Devem ser os hormônios atuando nesse meu sistema. Tem um que letal, conhecido como oxitocina e na boa... Não to afim de sentir muito ele não. 
     Mas enfim, não estou aqui pra viver o lado coca-cola da vida, por que não quero ter estrias. Mas eu quero adquirir mais confiança e maturidade nas coisas que eu faço. Acho que tudo começa aqui, pois o peso das palavras e dos pensamentos é grande, mas o de nossas atitudes é maior ainda, e se sentir bem consigo mesmo, significa talvez hoje estar no caminho errado por causa das atitudes que eu tive, mas do lado certo, o lado do bem, tentando melhorar e ser um pessoa um pouco mais correta aos olhos de uma sociedade em pilares de danos.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Abra Seus Olhos




    Não ouse desistir de tudo aquilo que sonhou. Isso é um dos motivos que a gente acorda na melhor parte do sonho. É nada mais do que a consciência querendo que a gente lute pra tornar aquilo realidade. Sabe, não aceite e não se contente com migalhas em sua vida, com coisas pequenas, pois Deus nos fez humanos, não formigas. Somos capazes de realizar gigantes coisas apenas com um pouco de inteligência e força de vontade.
    Se algo ou alguém tirou as tuas esperanças, continue de cabeça erguida, não pare em qualquer topada. O tempo coloca obstáculos na nossa vida, porém todos nós podemos derrubar. Se algo não tá dando certo, tente novamente. Se tá te fazendo sofrer, se arrisque em novas histórias, se renove. O tempo passa e a gente tem que seguir novos caminhos.
    Viva alegramente sempre. Sorria por viver e viva para sorrir. 

sábado, 21 de janeiro de 2012

Círculos

    Nem tudo que estava presente em nossas vidas no começo pode ser mantido até o fim. A vida é cíclica. Dá voltas. Reviravoltas. Giros. Piruetas. Cambalhotas. Rodopios. O passado é pra ser brindado. Vamos brindar aos erros e acertos do que já se foi. Mas vamos manter o foco no hoje e agora…olhando para a frente, sempre!

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Devoções Precisas

  Já se encontrou na situação de ter milhares de coisas pra dizer, mas não sabe como dizer? Não quero dramatizar e fazer dos problemas reais monstros insolúveis,becos-sem-saída. Nada é muito terrível. Só viver,não é? Já vi o fim do mundo algumas vezes e na manhã seguinte tava tudo bem. Digamos que minha felicidade é um tanto estranha, pois no mesmo momento que estou muito feliz, posso estar muito triste também.  
   É notável que ter que estar vivo e ter que desdobrar, conquistar um jeito qualquer de ficar numa boa é super difícil. Nem todos que te fazem sorrir, querem o teu bem. Sabe como eu tento não cair, se machucar? Olhando pra dentro, devagar, tendo muito cuidado com cada palavra, com cada movimento, com cada coisa que me ligue ao de fora. Até que os dois ritmos naturalmente se encaixem outra vez e continuem a sinfonia, solfejos e semitons que me ligam a todo o resto e que me mantenham "soando" nessa ópera da vida.

   Conclusão? Milhares de pessoas nascem e morrem, milhares de relacionamentos começam e terminam, um objeto se quebra, a garrafa de café fica quase vazia, uma amizade de anos simplesmente acaba, por que a pessoa não era nem um pouco a sua amiga... Tudo, do simples ao inabalável, tudo chega ao fim. E há milhares de finais acontecendo todo dia. O jeito é você acreditar em si mesmo, não se deixar levar pelas adversidades do cotidiano e ser feliz, com as pequenas coisas que tornam toda uma vida especial.

domingo, 1 de janeiro de 2012

2012

    São novos cenários, novos textos, roupas, personagens. É um teatro novo, um recomeço, um reencontro. É novidade pra quem quer mudar, virar á esquina e seguir em outra direção.