quarta-feira, 25 de maio de 2011

Sozinho com um sorriso

        Então chega um dia que você perde toda a confiança. Nos seus amigos, nos seus pais, nos seus amores, e obviamente na sua vida. Você prefere um colete a prova de balas, mas tudo que te dão são panos retalhados que fazem você sentir frio. Você luta por um lugar melhor, ao sol, e tudo que consegue é um lugar no sombrio e solitário outono.
       Estou sendo realista e hoje estou cheio de psicologismos e de uma certa forma parte da áurea permanentemente emotiva se desdenha sobre mim. 
      Conversei com colegas, amigos e meus pais, eles só dizem que eu penso demais e isso me faz mal. Não tiro a razão deles. Dentro de mim algo grita, algo anseia, algo me obriga a fazer algo que nunca foi feito. Mas o quê? Por quê? Pra quê?
      Os lugares que frequento já não me dão prazer. Escola é sinal de sofrimento, com todas aquelas provas e trabalhos. Casa é sinal de solidão, com todo aquele silêncio que se ecoa em minha alma, e me machuca. Essa cidade é sinal de uma guerra de corações partidos, com todas essas pessoas machucando as outras, sem ao menos se porém no lugar das mesmas. Garoto perdido, é meu pseudônimo?
      É. Devo ter cruzado caminhos errados, e agora tomo toda a consequência desses meus incontáveis momentos errantes. 
      Meus olhos estão fechados, eu estou assustado, mas tudo que espero é que amanhã seja melhor do que hoje e que Deus me dê forças para derrotar a escuridão, para trazer novamente em mim a luz do dia e finalmente me despertar desse pesadelo. Em geral, ninguém está me impedindo de brilhar, de conseguir o que eu quero. Creio que o obstáculo sou eu mesmo.

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