O relógio quebrado é um conforto, ele me dá a certeza, de que viverei mais, atrasando o momento para dizerem que estou morto.
A alegria retocada em minha face faz parte dos momentos que passei junto a Deus, família e colegas, enfim pessoas que verdadeiramente me amam, e que me fazem me sentir por um momento especial, ou em parte do meu dia, único no universo. Minha alegria se encontra quando recebo do céu, raios solares, como uma dádiva, uma glória, que penetram minha pele e fazem-me sentir o calor, sentir minha alma. Essa alegria se faz presente na amizade verdadeira que duplica sorrisos, e divide as lágrimas. Ela está nas coisas ao nosso redor, mas também está em nós, e na nossa vontade de viver. Creio que não sou idiota por pensar assim, apenas gosto de fazer as pessoas sorrirem, isso me faz bem. Quando você espera demais das pessoas, você se decepciona. Quando você espera menos delas, você se surpreende.
Uma das certezas que o destino me impôs é que Deus não criou o mal, ele é resultado do que acontece quando o homem não tem o amor de Deus presente no seu coração. Outra certeza é que um coração quebrado ainda bate, e que a cada instante é vida somada aos anos, e também que sorrisos são meras expressões da alma pra mostrar que estamos no caminho certo e que a morte vai chegar lentamente, e que não poderei a prever, mas poderei remediar e evita-la sempre que fizer algo bom e que aumente esses vestígios de bem-estar que correm por entre meu corpo.
Meu medo é de não realizar meus sonhos, se tornar uma pessoa fria e viver na escuridão, não ser amado pelo que sou, mas pelo que deveria ser. Meu medo é me refugiar em estúpidos convívios, viver junto à solidão, fria e mortal. Medo do tempo e das palavras que me consomem e provam aos outros, o que sou. Não minto, tenho medo do amanhã e do que me tornarei; medo da violência que assusta e que me põe em estado de choque perante a essas situações que me fazem refletir se não vivo mesmo em um inferno dantesco, vulgo perguntando se a Terra seria o inferno de outro planeta. Aprendi desde cedo, que a melhor maneira de lidar com os medos, é enfrentando-os.
A minha tristeza é ver um mundo mais sobre celebridades e menos sobre mães. É entender que as futuras gerações não terão belezas naturais, muitas não terão ao menos a presença de verdadeiros momentos de paz, se esses constantes conflitos entre nações continuarem. Minha tristeza será ver o ódio e o mal consumir as pessoas, as fazendo se tornarem o veneno para suas emoções, virtudes e o que ainda resta de bom nelas, que é o amor ao próximo. Vem a mim a infelicidade quando reflito que há no mundo tanta miséria e desigualdade, o homem lutando não pela sobrevivência, mas pelo Vil metal, que o faz perder sua alma e seus valores. Tristeza vem a mim em forma de lágrimas por muitas vezes sentir que a vida é um pesadelo, e para muitos apenas uma fantástica pose de cobiça, e ainda sofro por ter amigos que não queria ter e inimigos que ainda quero bem.
Faço de mim casa de sentimentos bons, e tenho em mim alguns anseios que por entre esses caminhos tortos que insisto em seguir me fazem ter esperança e acreditar no impossível, como por exemplo, ter uma vida cheia de desafios, porém de vitórias; viver um amor eterno enquanto dure; ser quem sou, não o que querem que eu seja. Quero preencher meu peito com a luz, e ser pacificamente amigável em meu estado de alma no modo como irei agir com os outros. Quero aprender com meus erros, e ensinar o que aprendi com esses erros aos outros, para que não comentam os mesmos erros que eu. Espero não viver mais suspenso em um anticlímax, sem direção. Preciso encontrar novas maneiras de dar adeus a meus temores e apostar no improvável catalogando cada acerto. Fazer parte de algo novo, de algo maior que a mim mesmo.
Vivemos num mundo de incertezas. O amanhã é incerto. Cada instante que passo aqui pode ser o último de minha vida, e a liberdade é um direito, mas muitos não a possuem. O que pode ser bom para mim, pode ser ruim para o próximo. Será que estou amando, ou é apenas uma paixão de adolescente? Será que tenho amigos, ou são apenas máscaras querendo me usar? Será que estou vivo, ou estou apenas vivendo uma ilusão, vivendo um sonho, uma realidade utópica? Do que adianta ter alguém se esse alguém não tem você? Do que adianta nascer, para um dia vira morrer? Se pensarmos muito nessas respostas, ficaremos loucos. O melhor jeito é seguir a vida, conseguindo as respostas aos poucos, evoluindo, modificando sua vida e suas relações pessoais, sabendo que quanto mais você souber as respostas, mais o destino vai vir e mudar as perguntas.
Minha vida não é a melhor, parte dos meus sentimentos não são os mais simples de se entender rapidamente; meus pais não são os mais legais e interessados, meus amigos muitas vezes não gostam de mim; muitas vezes o tempo atua como algo que mata todas as minhas esperanças, minha fé, sabendo que ela é que mantém vivo; minha voz não é das mais lindas; sou muitas vezes antissocial e prefiro ficar dentro de uma bolha, e meus textos são muitas vezes depressivos, mas mesmo assim eu continuo aqui, de pé, cabeça erguida, sempre sorrindo, sempre lutando, sempre chorando, sempre sentindo, e o mais importante, vivendo.
Onde quer que estejamos, por onde caminharmos sempre contratempos estarão nos circundando. Mas devemos buscar no âmago da alma, nas palavras D’ele o motivo para sorrir. Reconsiderar nossas atitudes é refletir sobre as leis da Vida.
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