Quem nunca sorriu um dia. Seja de uma situação embaraçosa, de um amigo sem plenitude de consciência, de uma piada ou até mesmo de si próprio depois de ter feito algo extremamente infame. Todos rimos.
Às vezes o universo não conspira a nós, mas vem uma forma física tão tímida e tão gritante, o sorrir, essa expressão que em todas as linguagens do universo que conhecemos só tem uma definição. Felicidade! Sem um riso não existiria a palavra ‘feliz’, não teríamos como nos expressar.
No sorriso dizemos o que nosso coração grita pra dizer, no choro a saudade que temos de alguém, sem expressões seríamos apenas máscaras, apenas algo que se esconde dos medos, a poeira cósmica vivendo por aí...
Sangrar, lutar, comemorar, viver, morrer, sorrir... Tudo isso é algo taxativo e uma opção que pode cada um fazer. Ninguém corta seus pulsos pra saber que está vivo. Ninguém em sã consciência luta por algo que realmente não vale a pena. Ninguém do bem comemora por algo que o bem fracassou. Ninguém vive apenas por uma coisa, vive por um conjunto de coisas. Ninguém morre apenas para saber que esteve vivo.
Todos sorriem e assim a esperança nunca morre, e o desejo de ter dias melhores permanece e o universo tem suas razões para cultivar nos campos celestiais momentos melhores e dividir essa energia oculta e pura que vem da alma, trazendo ao mundo novos instantes em que o riso será mais do que um consolo nas horas ruins, mas um instante em que a cor da esperança tinge nossa face, um movimento que espanta a velhice, o único capaz de dizer que esse velho lugar ainda tem jeito, tem novas experiências para se ter e novas histórias felizes pra se contar.
Sorrir é a expressão oculta da alma pra transmitir ao universo, o desejo de vencer, que somos livres pra voar em nossos sonhos, de que o difícil pode se tornar mais fácil e de que o impossível é possível, se apenas acreditarmos. Sorrir é a metáfora que se não consegue fabricar para entender essa indecisão chamada vida,é com ele que todas as feridas doídas vão sarar e se tornar hematomas.
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